CD SEXTANDO
EP1 TANGATU DE MARATAN
Paulo Flores - Flauta, escaleta (solo), composição e arranjo / Sintia Piccin - Sax Alto / JP Ramos Barbosa - Sax Alto / Cesar Roversi - Sax Soprano e Tenor / Fábio Leal - Guitarra / Edilson Forte Tatu - Teclados / Sergio Frigério - Baixo Elétrico / Rodrigo Digão Brás - Bateria / Rodrigo Donato (in memoriam) - Percussão / Paulo Flores, Celso Veagnoli e Clayton Antonelli - Gravação, Mixagem e Masterização (2000 a 2020)
EP2 CHOROS 2 VILLA
Paulo Flores - Flauta, composição e arranjo / Sintia Piccin - Sax Alto / JP Ramos Barbosa - Sax Alto / Cesar Roversi - Sax Soprano e Tenor / Fábio Leal - Guitarra (solo) / Edilson Forte Tatu - Teclados (solo) / Sergio Frigério - Baixo Elétrico / Rodrigo Digão Brás - Bateria / Rodrigo Donato (in memoriam) - Percussão / Paulo Flores, Celso Veagnoli e Clayton Antonelli - Gravação, Mixagem e Masterização (2000 a 2020)
EP3 DE UMA PRA OUTRA
Paulo Flores - Flautas, composição e arranjo / Sintia Piccin - Sax Alto (solo) / JP Ramos Barbosa (solo) - Sax Alto / Cesar Roversi - Sax Soprano e Tenor / Fábio Leal - Guitarra (solo) / Edilson Forte Tatu - Teclados (solo) / Sergio Frigério - Baixo Elétrico / Rodrigo Digão Brás - Bateria / Rodrigo Donato (in memoriam) - Percussão / Paulo Flores, Celso Veagnoli e Clayton Antonelli - Gravação, Mixagem e Masterização (2000 a 2020)
EP4 PAOLLA
Paulo Flores - Flautas, composição e arranjo / Sintia Piccin - Sax Alto / JP Ramos Barbosa - Sax Alto / Cesar Roversi - Sax Soprano e Tenor (solo) / Fábio Leal - Guitarra / Edilson Forte Tatu - Teclados (solo) / Sergio Frigério - Baixo Elétrico (solo) / Rodrigo Digão Brás - Bateria / Rodrigo Donato (in memoriam) - Percussão / Paulo Flores, Celso Veagnoli e Clayton Antonelli - Gravação, Mixagem e Masterização (2000 a 2020)
PROJETO SEXTANDO – PAULO FLORES
CAMBANDA JAZZ COMBO 20 ANOS
Introdução
Falar de mim, do meu trabalho, não é uma coisa que me agrade muito. Gosto de divagar na vida alheia, sem fofocas ou maldades, porém, falar do trabalho dos outros acho sempre melhor, como ao fazer um arranjo, a coisa flui de uma forma interativa, uma soma de conceitos e potenciais. A composição é uma forma de onanismo, uma exaltação do ego, sempre digo que o único lugar na minha vida que ninguém dá palpite é na minha arte e acredito que seja um dos únicos redutos do autismo existencial. Imaginem o estar compondo e entra seu par e diz - Acho melhor um si bemol nesta frase e naquele acorde podia ser um fá lídio -, e é assim que o compositor se sentiria, “falídio”; ou em outro caso, sua filha diz - Gostei, porém faria um trinado naquela lá agudo e colocaria o ré no registro médio - ou seja, quer remediar a minha música, e já digo logo que minhas composições não tem ré-médio......dai o Tio manda levar em choro, o Vô quer que valorize a Nona, a Tia solteirona quer ver a coisa Maior, a mãe reclama da coisa Menor, a Irmã já fica logo Alterada, enquanto o Irmão quer ouvir em Cânone, a Vó não pode nem pensar em Acidentes, mas o priminho, Joãozinho, só tem um pensamento Dominante, o cunhado faz uma Aproximação e leva o piano emprestado, acabando de vez com a composição!!!!!
Então melhor é ser egoísta mesmo, na arte, nunca na vida! Porém esse egoísmo do artista não vem carregado do preconceito semântico, onde as melhores frases seriam – o mundo que se dane...... quero que o mundo exploda.... que todo mundo morra....! Coisa de louco! Ao contrário, ego do artista exacerba em criar algo de belo para ser oferecido a todos, dando assim o deleite e o prazer através da apreciação subliminar e etérea, envolvendo o espectador num mundo novo em que seu próprio mundo também cabe, numa inteiração, numa união, sem credo, cor, raça, sexualidade, sem oprimidos e opressores, sem certo ou errado, só sensação, só Arte. Desde tempos antigos busca-se conceituar a arte encontrando uma analogia no conceito do belo, e o que é o belo? Vejo em Kant uma das mais definitivas conceituações:
“Não pode haver nenhuma regra de gosto objetiva, que determine por meio de conceitos o que seja belo. Pois todo juízo proveniente desta fonte é estético; isto é, o sentimento do sujeito e não o conceito de um objeto é o seu fundamento determinante. Procurar um princípio de gosto, que fornecesse o critério universal do belo através de conceitos determinados, é um esforço infrutífero, porque o que é procurado é impossível e em si mesmo contraditório.” (Crítica da Faculdade do Juízo, I, 17).
Sendo assim, fica claro que quem ama o feio bonito lhe parece, pois por fora é uma bela viola, mas por dentro um pão bolorento. Assim é, o amor, cego, surdo, mudo e meio burro e quem vê cara não vê coração.
Paulo Flores
CD peregrino de Paulo Flores e Cambanda Jazz Combo,
conta e canta 20 anos de Conservatório de Tatuí.
SEXTANDO
Um causo meio novela
Passar a régua, fechar a tampa ou melhor:
- Manda a saideira e a dolorosa!
Assim me deparei com minha própria história, na coisa de repensar projetos no claustro concebido por um insignificante vírus, onde já se qualifica significância como fator altamente relativo. Estava pronto pra entrar no estúdio, novos arranjos, novas músicas, novos parceiros, mas o insignificante significou determinante e o ProAC que ganhei em 2019 pra produzir o Sextando tomou outro rumo, não norte desta vez! Em 1999 lancei o Rumo Norte meu 1º CD autoral e na sequência comecei a trabalhar no 2º com a Cambanda. Entramos no estúdio do Celso Veagnoli, nos idos de 2002 com a Cambanda de então, Tatu, Fabinho, Frigério, Sintia, João Paulo, Cesar, Rodrigos Donato e Digão e assim começamos com Tangatu de Maratan, Choros 2 do Villa, De uma pra Outra e Paolla, uma primeira fase, depois, lá pra 2004 entramos no estúdio do Neves, com a formação Cris, Xande, Felipe, Sintia, João, Cesar, Richard, Donato e continuamos com Supernova, Cuba, El niño, Fandango e Sexta essa que dá nome ao projeto, o primeiro “causo chorus” da história, “solado” pelo Paulo Freire, uma rapiora na floresta. Parece que inventei o “sextou”, né? Mas por duas vezes os naipes gravados foram perdidos e então deixei pra depois. Com a morte súbita e descabida do Donato esse depois se tornou o agora, achei partes dessas gravações e comecei a trabalhar em cima delas, afinal será o último registro desse cara que era um, muito amigo, meio filho, de certo grande irmão, no auge da sua técnica.
O projeto Sextando é formado por 7 músicas de duas fases de gravações: 4 da primeira fase, Tangatu de Maratan, Choros 2 Villa e De uma pra Outra e Paolla e 3 da segunda fase onde só restou as gravações do baixo, batera e percussão, que se transformaram no alicerce dos novos arranjos com a participação do Esdras Rodrigues violino e rabecas, Paulo Braga piano, Paulinho Bastos percussão e Paulo Freire no chorus-causo de Sexta.
Flores criou um formato inédito para esse projeto o trio, EP, Videoclipe e Resenha Sonora, sua busca pela música surreal o levou a produzir vídeos para divulgação das músicas, dos EPs, vídeos curtos com mais ou menos um minuto, onde poderia, através das imagens, aproximar o ouvinte do surrealismo. Mas como não queria usar um trecho da música, do EP, resolveu fazer outra versão com uma produção toda sua, em seu estúdio. Assim passou a criar novos arranjos minimalistas, onde pode contar a história da música de forma resumida. Começou a produzir essas estruturas como base para criação do vídeo, onde depois de gravada a música, escreve o roteiro de filmagem e com as imagens prontas, os takes, monta o vídeo em sincronismo pleno com o som. Mas como sentiu que a música tinha vida própria, sem a imagem, afinal não era o EP e sim uma resenha do EP, assim como a resenha de livro, um resumo da música. Nasce aí a Resenha Sonora, o Minuto da música, que passou a subir nas plataformas com capa e identidade própria, formando assim o trio: EP, Vídeoclipe e Resenha Sonora de cada uma das 7 músicas do projeto Sextando.”
Flores também aproveita o momento para lançar seu novo site www.pauloeflores.com com links diretos para esse novo trabalho, além de outros projetos que vem mantendo. www.brasilinstrumental.com
Música Surreal
“Colocado por André Breton, em seu Manifesto Surrealista de 1924, seria algo como expressão da arte através do “automatismo psíquico em estado puro”, uma manifestação do “eu” sem nenhuma interferência da razão e sem preocupações estéticas ou morais. Na prática algo como a manifestação espontânea do inconsciente, coisa que sempre pratiquei em minhas composições, sair tocando, um se deixar levar, assim como escrever o que vier na cabeça:
“ente doente come diabo em forma de luz carvão que demonstra o ego do real tipo escandaloso de ser que propicia a arte de nada comer”.
Quantos significados existem nessa frase? Quantos caminhos de desenvolvimento podem ser tomados? Quantas discussões sobre o seu real significado podem acontecer? Indiferente a tudo isso o conceito surreal liberta o artista para tudo isso, sem travas, assim como a verdadeira arte da improvisação, pouco praticada, já que a utilização de licks, padrões, patterns, clichês, frases prontas que cabem como coringa em qualquer conversa, se encaixam, mas não dizem nada, não vem à tona a alma, o ‘anima’, poderiam ser ditas por qualquer um, inclusive basta começar que o outro conclui. Arte é liberdade, não é competição, não tem regras, nenhuma mesmo!
Então o que seria o surreal no som? Na literatura já mostrei acima, no visual: olho pro céu e vejo peixes a nadar, mas e no som? As relações polirritmicas que uso com frequência, muita claras, em Cuba com melodia em 2/4, levada de samba com outra em 5/8 independentes, os improvisos como o de flauta em Supernova dois simultâneos um e cada canal do estéreo, as colagens como no início de Sexta com a manifestação do Marabaixo tirada de um vídeo ou em Cuba a inclusão do hino cubano do 20 improviso, ou a inclusão dos poemas de Heredia y Heredia em forma de rap, repente ou sapo cururu (uma habanera, né?). Assim caminho nessa busca da música surreal, ouça Sextando e os encontre também.
Histórico e Ficha técnica
Após 20 anos do lançamento de seu 1º CD, RUMO NORTE, Paulo Flores e Cambanda Jazz Combo, que se mantém moderno até hoje, busca-se o registro desse novo trabalho que além de artístico tem sido um celeiro de criação de novos músicos. São mais de 30 anos de atividade ininterrupta como grupo de pesquisa e divulgação da música instrumental, em projetos de shows para crianças em escolas de todos os ciclos, asilos, Apaes, etc. a shows temáticos e autorais. Foram dezenas de músicos que passaram por esse grupo que hoje estão ativos na música instrumental, como o baterista e percussionista Cleber Almeida, o pianista e sanfoneiro Beto Correia, os guitarristas Fábio Leal, Alexandre Bueno, Joseval Paes, os bateristas Rodrigo Digão Bráz, Rodrigo Donato, Rodrigo Marinonio, Fúlvio Moraes, Everton Barba, os saxofonistas Richard Firmino, Sintia Piccin, Cesar Roversi, JP Ramos Barbosa, Raphael Ferreira, Richad Ferrarini, Alexander de Souza, os pianistas Amador Longhini, Léo Ferrarini, Cristiane Bloes, contrabaixistas Sergio Frigério e Flelipe Brisola, e muitos outros que se estabeleceram em muitas áreas do meio musical. São inúmeros os projetos que Flores vem fazendo com o Jazz Combo e convidados importantes como Monica Salmaso, Proveta, Teco Cardoso, Paulo Freire, Ricardo Herz, Vinícius Dorin, Gabriel Grossi, Nenê, Léa Freire, Arismar do Espírito Santo, Fernando Correa, Toninho Ferragutti, Laércio de Freitas, Edmundo Villani, Patricia Bastos, Paulo Bastos, entre outros, além dos trompetistas americanos Ed Sarath e Daniel Barry (que se tornou parceiro de Flores na obra Dois Hemisférios, para Big Band, premiada em festivais), o vibrafonista Rusty Burge, o trombonista Ed Neumaister, o saxofonista cubano Aldo Salvanti, sempre com a proposta de compartilhar repertório, resgatar a música instrumental e promover a releitura.
Músicos
Fase 1
Tangatu de Maratan, Choros 2 Villa, De Uma pra Outra e Paolla
Flauta e escaleta – Paulo Flores / Sax Alto - João Paulo Ramos Barbosa e Sintia Piccin/ Sax soprano e tenor - Cesar Roversi / Piano – Edilson Forte Tatu / Guitarra - Fábio Leal / Contrabaixo – Sergio Frigério / Bateria e Percussão – Rodrigo Digão Braz e Rodrigo Donato (in memoriam)
Fase 2
Supernova, Sexta e Cuba
Flauta, voz, violão e guitarra - Paulo Flores / Violino e Rabecas - Esdras Rodrigues / Piano – Paulo Braga / Percussão Amazônica – Paulo Bastos / Contrabaixo – Felipe Brisola / Bateria e Percussão – Rodrigo Donato (in memoriam)
Resenhas Sonoras: Minuto Tangatu, Minuto Choros 2, Minuto Deuma, Minuto Paolla, Minuto Supernova, Minuto Sexta e Minuto Cuba.
Todos os instrumentos e voz – Paulo Flores (Rodrigo Donato percussão em Tangatu de Maratan - in memoriam)
Produção dos vídeos Paulo, Beatriz e Paolla Flores.
O Projeto
O projeto tem por objetivo a gravação e disponibilização do 2º CD de Paulo Flores com a participação da Cambanda Jazz Combo e assim como o 1o CD Rumo Norte, de 1999, que fará 20 anos, vem com músicas autorais de Flores e uma bela releitura de Choros 2 de Villa Lobos e esse será intitulado SEXTANDO, nome extraído de uma das faixas, SEXTA onde o verbo “sextar” um paradigma do ócio happy hour de uma sexta-feira, porém na floresta com seus personagens folclóricos “sextando”. Esse cruzamento entre conceito poético e música ocorre em outras composições como Cuba onde o poeta cubano José Maria Heredia y Heredia é o inspirador veículo com trechos de Vuelta ao Sur, em Paolla e Beatriz músicas feitas para as filhas, criando um transitar poético em melodias não cantadas. Farão parte desse trabalho as músicas: Sexta, Paolla. Beatriz, Choros 2, Fandango, Supernova, De uma pra Outra, Tangatu de Maratan, Cuba, entre outras possíveis já que a mídia usada não tem limite de tamanho. Vídeos de shows e making off também comporão esse trabalho bem como partituras completas das músicas.
Flores já ganhou vários prêmios com suas músicas que somam o erudito e o popular, sendo o mais significativo o Jazz Latino de Chucho Valdez em 2002, em Cuba, com a música Espírito da Coisa, interpretada pelo grupo Irakêre. Esse trabalho terá a participação de músicos que passaram pela Cambanda Jazz Combo grupo criado por Flores em 1992 dentro do Conservatório de Tatuí, ativo como grupo de divulgação da cultura da música instrumental com centenas de apresentações pelo país e com recente trabalho lançado o CD Lupa Santiago, Paulo Flores e Jazz Combo de Tatuí. O trabalho pode ser encontrado em todas as plataformas digitais distribuído pela Tratore - Paulo Flores no site www.pauloeflores.com e disponibilizado de forma digital em www.brasilinstrumental.com em página própria onde a ações simultâneas podem ser vivenciadas, entre música, vídeo, poesia e desenhos e ali podendo ser baixado de faixa única a CD completo com capa e encarte.
Justificativa
Após 20 anos do lançamento de seu 1º CD, RUMO NORTE, Paulo Flores e Cambanda Jazz Combo, que se mantém moderno até hoje, busca-se o registro desse novo trabalho que além de artístico tem sido um celeiro de criação de novos músicos. São mais de 30 anos de atividade ininterrupta como grupo de pesquisa e divulgação da música instrumental, em projetos de shows para crianças em escolas de todos os ciclos, asilos, Apaes, etc. a shows temáticos e autorais. Foram dezenas de músicos que passaram por esse grupo que hoje estão ativos na música instrumental, como o baterista e percussionista Cleber Almeida, o pianista e sanfoneiro Beto Correia, os guitarristas Fábio Leal, Alexandre Bueno, Joseval Paes, os bateristas Rodrigo Digão Bráz, Rodrigo Donato, Rodrigo Marinonio, Fúlvio Moraes, Everton Barba, os saxofonistas Richard Firmino, Sintia Piccin, Cesar Roversi, JP Ramos Barbosa, Raphael Ferreira, Richad Ferrarini, Alexander de Souza, os pianistas Amador Longhini, Léo Ferrarini, Cristiane Bloes, contrabaixistas Sergio Frigério e Flelipe Brisola, e muitos outros que se estabeleceram em muitas áreas do meio musical. São inúmeros os projetos que Flores vem fazendo com o Jazz Combo e convidados importantes como Monica Salmaso, Proveta, Teco Cardoso, Paulo Freire, Ricardo Herz, Vinícius Dorin, Gabriel Grossi, Nenê, Léa Freire, Arismar do Espírito Santo, Fernando Correa, Toninho Ferragutti, Laércio de Freitas, Edmundo Villani, Patricia Bastos, Paulo Bastos, entre outros, além dos trompetistas americanos Ed Sarath e Daniel Barry (que se tornou parceiro de Flores na obra Dois Hemisférios, para Big Band, premiada em festivais), o vibrafonista Rusty Burge, o trombonista Ed Neumaister, o saxofonista cubano Aldo Salvanti, sempre com a proposta de compartilhar repertório, resgatar a música instrumental e promover a releitura.
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